Chegando em Paris... e saindo de Nantes.

Vou transcrever aqui um texto que saiu no Le Monde nesta semana e que trata do local onde eu fiquei durante meu primeiro estágio em Paris e onde ficarei a partir de quarta feira até o fim do meu segundo estágio.

A Cité Internationale cultiva sua diversidade

(...) Fruto do sonhoe e da espereança, é nada mais do que a Cité U, como Utopia. Ela nasceu no contexto pacifista do entre-guerras, respondendo ao ideal de André Honnorat, Ministro da Educação que desejava criar uma pequena cidade estudantil que agrupasse as futuras elites intelectuais do mundo a fim de facilitar o intercâmbio e o diálogo. Já que a Primeira Guerra Mundial ceifara a vida de um terço dos estudantes franceses, ele queria restitui a Paris o seu papel de capital intelectual.

De 1925 a 1969, 37 pavilhões de uma capacidade de 47 a 390 alojamentos foram construídos por iniciativa de um país, uma escola ou de um filantropo nos 34 hectares do campus. O primeiro foi construído graças à iniciativa de um rico industrial, Émile Deutsch de La Meurthe, que ofereceu dez milhões de francos. A Casa do Canadá foi a primeira residência estrangeira (1926) e a Casa da Argentina (1928) a primeira não francófona. A Casa da Alemanha (1956) foi o primeiro prédio oficial desse país construído na França depois da Segunda Guerra Mundial e o primeiro sinal da reconciliação entre os dois países a ser gravado numa pedra.

Todas essas casas constituem um panorama genuíno da arquitetura do século XX, algumas são até tombadas. Arquitetos renomados, como Le Corbusier com o Pavilhão da Suíça, contribuíram para fazer da Cité U um grande lugar de criação contemporânea, enquanto outro evocam a arquitetura de seus respectivos países como o Pavilhão do Japão ou o Colégio dos Ingleses. Grandes artistas como Sonia Delaurnay participaram da decoração de alguns deles. Várias instalações coletivas completam o conjunto, tal qual o teatro, e algumas são acessíveis ao público exterior.

Com uma capacidade de 5300 alojamentos, a Cité dispões de um dos maiores parques imobiliários da região parisiense destinado aos estudantes. Ela acolhe todos os anos 10000 estudantes, pesquisadores e artistas de mais de 140 nacionalidades. Oitenta e seis anos após a construção de seu primeiro pavilhão, a Cité U(topia) continua fiel aos grandes princípios humanistas de André Honnorat, o que a faz um lugar único no mundo do aprendizado do respeito às diferenças e à vida em comunidade. Aqui a diversidade se expressa e se vive no cotidiano sob o signo da tolerância.

No response to “Chegando em Paris... e saindo de Nantes.”

Postar um comentário