Rendez-vous de l'Erdre. Que pena que acabou!

E acabou o festival de Jazz e Blues que mais me pareceu um artifício desta cidade para me seduzir. Foram-se as barraquinhas de comida, mas ainda deu tempo de tomar suco de bissap! Foram-se as pessoas da rua, o barulho, a efervescência de uma cidade em festa. Foram-se embora os músicos, todos tarimbadíssimos. Ficam as primeiras impressões e alegria de ter vivenciado tudo isso. E o melhor: ano que vem tem mais, o festival é tradicional!



Aqui vão as bandas as quais tive oportunidade de conhecer e minha impressões sobre cada uma.

Meivelyan Jacquot: Um grupo de jazz tradicional. A apresentação deles foi uma homenagem ao saxofonista Wayne Shorter. As melodias eram bem assobiáveis, tradicionais, agradáveis de ouvir.

Jeff Treguer: Com um repertório mais próximo do swamp blues, o blues mais caipira, o grupo do francês de Finistère(em francês: Fim do mundo, uma região próxima aqui de Nantes) animou a galera. O blues cantado em inglês com sotaque francês é até interessante...

Jean Louis: Segundo o guia do festival "isso é poderoso e explosivo". Não poderia haver definição melhor. O trio é formado por um trumpetista (Jean-Louis), um contrabaixista(contrabaixo acústico) e um baterista. O mais interessante é que tanto o contrabaixista quanto o trumpetista utilizavam processadores de efeitos em seus instrumentos, às vezes chegava a ser psicodélico. E às vezes chegava a ser barulhento também... Não foram raras as vezes em que eu tinha a impressão de que o contrabaixista e o baterista tocavam enquanto Jean-Louis se masturbava musicalmente.

Mac Arnold & Plate full o'blues: O que um veião de 67 anos, um pedaço de pau, três cordas e uma lata de querosene fazem? Um puta dum blues! A apresentação foi simplesmente fantástica. Os americanos da Carolina do Sul (exceto o baterista, que era da Carolina do Norte) interagiram com o público. Para que falar o mesmo idioma se a música já diz tudo?

Houve outras bandas que eu pude ver e muitas delas eu não sei sequer o nome, pois se apresentaram em palcos alternativos e seus nomes não constavam guia. Outras eu vi por pouco tempo e não seria justo emitir juízo de valor.

A única certeza que eu tenho é de que ano que vem estou aqui de novo pra ver.

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